domingo, 6 de julho de 2014

Resenha: O Diário de Anne Frank

Não sei por onde começar quando se trata desse livro. “A agenda de Aninha”, como diria minha amiga, é uma perfeita introdução ao mundo de uma adolescente cheia de duvidas que foi obrigada a se retirar do “mundo” para se manter viva.
Acho que todos conhecem, ou já ouviram falar de Anne Frank, uma judia que se escondeu com sua família em um anexo secreto durante a Segunda Guerra mundial, durante esse período Anne manteve seu diário narrando o que acontecia no anexo, contudo o esconderijo deles foi descoberto e todos os judeus ali escondidos foram mandados para campos de concentração.
Isso foi o suficiente para me fazer desejar o livro, era uma necessidade quase vital descobrir como ela sobreviver a tal horror e manter a sanidade metal a ponto de conseguir escrever. E devo dizer que muitas coisas me surpreenderam no seu diário.
O fato de ele ser tão bem escrito me deixou verdadeiramente impressionada. Não que eu duvidasse dos talentos de Anne, mas o livro era seu diário e ela era uma garotinha de 13 anos, decididamente uma criança que cresceu sobre circunstancias adversas se tornando madura muito antes da época e, mesmo assim, ela escrevia muito bem.
Devo dizer que também fiquei surpresa com as condições do anexo secreto onde Anne passou mais de dois anos de sua vida. Não que fosse um bom lugar para se estar, mas para o que eu imaginei, o anexo era um “luxo”.
Percebe-se também o amadurecimento de Anne durante o passar dos anos, suas intrigas e duvidas completamente normais na adolescência. Da pra perceber a falta que uma companhia faz e como um convívio de 24hrs sob condições desconfortáveis faz com que as pessoas se tornem intragáveis aos olhos alheios.
Tenho certeza que Anne Frank estava destinada ao sucesso. Se ela tivesse sobrevivido a guerra eu realmente acredito que o seu nome seria muito famoso e conhecido. Ela tinha talento, sabia o que fazer com ele e com toda certeza o faria. Seu diário foi uma maneira desse talento perpetuar.

É muito profundo. De certa forma invadimos a privacidade de dela e descobrimos todos os seus sentimentos, pois no seu diário ela escrevia sem reservas. É como fazer uma amiga de um jeito bem unilateral. Vale a pena fazer essa amizade, vale apena se emocionar com Anne, vale a pena perceber como em meio a tanta dor algo bom pode nascer e que talentos podem florir.



Autora: Anne Frank - Edição definitiva por Otto H. Frank e Mirjam Pressler

Tradutor: Alves Calado
Numero de paginas: 373
Editora: BestBolso


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