Aquele sentimento a tomou e cresceu. O sentimento crescia, ela crescia, tudo era maior, o mundo vibrava, ela já não sonhava, "apenas" sentia, mas sentir não era apenas, era o tudo. Pois aquela semente que nasceu num primeiro olhar germinava e se expandia e ela, ela crescia. O mundo em desfoque, só ela e o seu sentimento brilhavam e por trás da cortina de contas coloridas outro brilho despontou pois ele também brilhava ( e crescia). O mundo era eles e o universo deles. E nada importava, tudo dissolvia, nada fazia sentido, mas eles, eles cresciam.
E de tanto crescer, não aproximar-se foi impossível, tal sentimento contido e o toque necessário, um encontro lendário, junção imponente. E eles já não podiam maia crescer, o sentimento tomou todo o seu ser, naquele cataclisma incessante de borboletas aprisionadas. E o toque aconteceu e eles já não cresciam, eles explodiam. Uma explosão radiante, extremamente brilhante, longe de todos que não conseguiam sentir aquela pulsação ou a intensa confusão que os tomou.
Foi o primeiro olhar, primeiro toque, de um único e intenso amor (de verdade ).